segunda-feira, 19 de março de 2012

Soneto da separaçao


De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

segunda-feira, 12 de março de 2012

Relogio

As coisas sao
As coisas vêm
As coisas vão
As coisas
Vão e vêm
Não em vêm
As horas
Vão e vê,
Não em vão